29 agosto, 2006

E falando em Murphy...

O dia começou aparentemente normal. Acordei da maneira que mais amo na vida, por causa do celular tocando. Atendi meio que tonta:

-Flá, tu ainda ta dormindo?

-Eu acho que não mais...

Era uma amiga minha, daquelas que já ultrapassaram a linha da intimidade a muito tempo e tem permissão de me ligar a qualquer hora sem despertar meu ódio eterno [juro!]. Ela estava meio desesperada e precisava de um ombro amigo. E eu como uma boa adepta da cor laranja ["que tem sabor de amizade" segundo a graaande Xuxa] me prontifiquei a encontrar com ela assim que entendesse o que seria do meu dia.
E assim fiz! Encontrei com a pessoa desesperada, fiquei por lá até a hora do almoço e depois fui cumprir meu papel de boa neta de toda semana, almocei com meus avós e de lá fui pra UFMA. Andar de ônibus tem sido um tormento pra mim, meus fones de ouvido pifaram de vez, então não tenho mais como fugir de diálogos sem sentido com estranhos, coisa que comigo sempre foi muito comum.
Enfim, depois de passar meus queridos 50 minutos ouvindo uma senhora dizer porquê sempre escolhia aquele horário pra pegar ônibus, finalmente cheguei na faculdade a tempo de assistir a aula inteira. Feliz?! Sim, seria se eu não estudasse na UFMA e mais ainda se não fizesse Serviço Social.
Só quem estuda lá sabe que não é legal pegar o Campus de 13:30. Pior é chegar lá exatamente 14:00 hrs e perceber que não tem mais aula até às 17:40...Se eu não fosse pobre, voltaria pra casa, mas esse definitivamente não é meu caso. Então fiquei por lá conversando com as pessoas, até que descobri que teria uma tal de “calourada”. Anos e anos que eu não sei o que é pirar numa festinha de faculdade..

-por que não ficar nessa né?

Pois é, assim ficou decidido. Na hora marcada encontrei com todas as pessoas e fomos pra lá à procura de um pouco de diversão. Doce ilusão...assim que chegamos por lá a luz vai embora! Ok, fazer o que?! Decidimos então ir pro Reviver, afinal lá sempre tem coisas divertidas pra se fazer.

De fato foi até, mas não pude ficar por lá até muito tarde, afinal eu não tenho carro. Seria simples se não se tratasse da minha vida, não? Quando cheguei na parada levei um susto! Milhões de pessoas esperando o mesmo ônibus que eu. E não estou falando de pessoas comuns, estou falando de gente que esta saindo de casa a caminho de uma farra, com aquela adrenalina toda. Fiquei apavorada, mas fazer o que...
Lá estava Flavita, segurando sua bolsa e tentando não demonstrar desespero quando alguém diz: "tu faz que curso na UFMA?". Por uns dois segundos detestei ter ouvido isso, não precisava de mais uma conversa sem sentido na volta pra casa. Só que quando vi, era uma "desconhecida íntima", já tinha visto ela em todos os lugares só que não nos falávamos.
Estávamos as duas apavoradas e isso fez com que a conversa fluísse naturalmente. Quando entramos no ônibus foi terrível! Aquelas pessoas loucas batiam no teto, nas janelas, pulavam, gritavam e cantavam. A bagunça era tamanha que o motorista parou, e começou a gritar com todo mundo chegando até dizer que não iria sair dali.

-eu só quero chegar em casa moço!

Ai como eu me arrependo de ter dito isso!
Não agüentamos a pressão e decidimos descer. Eram aproximadamente 22:40, mas nem pensamos que poderia ser mais perigoso lá fora. Descemos depois de gritar muito pedindo pro motorista parar [ele já tinha decidido não abrir a "porra da porta" até que todo mundo parasse com aquela "zoada desgraçada do caralho"].
Os minutos que esperamos pelo próximo ônibus foram um tanto longos, mas a recompensa foi imensa. Um outro carro vazio, com direito até a poltronas à nossa disposição chegou e todo esforço valeu a pena.
Não fiquei na calourada da UFMA, não conheci gente nova, não bebi, não fiz nada do que tinha planejado o dia inteiro. Mas de uma certa forma as coisas se saíram bem, né?! Afinal pude ajudar uma super amiga, encontrei mil pessoas, não precisei olhar a cara cínica do meu professor de estatística e de quebra ainda conheci uma alguém super legal que na realidade sempre esteve "por perto".
Murphy é meu amigo, claro! Eu sou amiga de todos, por que dele não?!

P.S¹.: Camila, que tal um passeio de Calhau essa sexta de novo?!
xD
P.S².: Lary, amo-te.

16 agosto, 2006

Eu não sou a pessoa mais corajosa do mundo, admito. Mas poucas coisas conseguem me deixar num estágio de pânico absoluto, a ponto de querer chorar, correr, arrancar os cabelos, morrer [exagero] enfim, acho que já entenderam o que quero dizer né?! Pois bem, na minha lista "Coisas que assustam Flavita a Valer" estão: ladrão [morro de medo de ser assaltada], viajar de ônibus e barco e sapos ou qualquer tipo de anfíbio.

Sim, eu sei que sapos não fazem nada além de ficar pulando pra lá e pra cá. Não tenho conhecimentos profundos à respeito da fisiologia desse tipo de animal [é fisiologia mesmo?!] e nem quero, mas sei que alguns deles tem um veneno que só é expelido se for pressionado e isso definitivamente não me preocupa, até porque eu não consigo estar a dez metros de algum sapo sem ter um ataque histérico, imagina ter que apertar um a ponto de ser atingida pelo veneno do mesmo.
[só de imaginar isso ja fico suando frio]

A razão de estar falando disso agora é bem simples: eles me perseguem. Sim, só pode! Eu posos estar com mais 30 pessoas andando num gramado imenso durante a noite que eu, exatamente eu encontro/tropeço num. Freud deve explicar isso, ou então Murphy. Sinceramente penso ter recalcado algum trauma na infância ou seja, lá estava Flavitinha feliz brincando no terraço de casa, quando de repente um sapo terrivelmente imenso apareceu e a coitadinha ficou tão, mas tão assustada que acabou esquecendo esse acontecimento, o qual se manifesta toda vez que vê algum sapinho por aí sob forma de pavor incontrolável.

Ele não é bonito, diz aí!

Morei durante muito tempo numa casa que tinha um terraço imenso, mil plantas e claro mil sapos. Era um tormento, eu vivia estressada, apavorada e vez ou outra tinha um ataque histérico. Exageros à parte, eu detestava aquilo tudo. Ir morar num apartamento foi a melhor coisa que me aconteceu afinal, ficaria livre desse animal nojento para todo o sempre.

Eu achava isso até vir morar aqui com meu pai. Pra quem não sabe, o apartamento dele é no térreo ou seja, não é apartamento. É terrível, todo mundo que passa na rua consegue ver até o que estamos assistindo na tv! Mas enfim, voltando ao assunto..

Aqui eu voltei a viver eternamente assustada. Vez ou outra uma rã daquelas bem pequenas invade o apartamentom tirando completamente a minha paz e claro, a de todas as pessoas que moram comigo. E claro, ela nunca aparece na cozinha, na sala...pra que né?! O local escolhido por ela é o meu banheiro. E é sempre do mesmo jeito: eu entro calmamente, ligo a luz e ela pula pra algum lugar que eu possa ver com clareza que ela esta de fato ali. Então eu começo a gritar loucamente, a chorar, saio correndo e tudo so fica bem quando meu querido pai tira o "hóspede" de dentro de casa. Geralmente as coisas não são tão simples assim, tem todo um processo que começa no momento do meu susto até quando eu finalmente convenço meu pai que não vou conseguir viver com uma rã dentro de casa.

Isso aconteceu ontem às 3:00 da manhã. Imaginem a felicidade de todo mundo daqui...

Mas ah, eu tenho medo uai! É mais forte que eu.

^^

02 agosto, 2006

Mudança de planos

Acordei na hora marcada, tinha tudo arrumado como deveria estar, passagem em mãos, o que poderia dar errado?! Pois bem, eu passei mal minutos antes de sair de casa. O que fazer então?! Tentar trocar a passagem e adiar a minha volta pra casa e com isso todos aqueles sofrimentos que só uma viagem longa pode proporcionar.
Agora tudo que sei é que no lugar de todas as "regalias" do trem, o que me espera é uma longa estrada durante o dia inteiro. Uma super carona apareceu de repente ou seja, nada de ficar com o troco do "almoço" no trem. Mas tudo bem, tudo bem fazer o que né?! Só terei que deixar meu super bom humor e simpatia mode ON e arrumar assunto pra conversar durante todas as horas de viagem, que legal! [não sei porque, mas essa mudança de planos não me deixou muito contente...]
Por aqui a rotina não é das mais agitadas, mas não tenho do que reclamar. Fiz todos os exames que deveria ter feito, descansei das gracinhas do meu querido pai e perdi muitas aulas. Mas como estudo na UFMA, desses quase 15 dias que fiquei por aqui, so perdi oficialmente duas aulas de uma das cadeiras. Esse professor é meio "lenda" e só aparece quando decide fazer algo diferente na vida...
Jimmy ta imenso e diferente do que eu pensei, ele me reconheceu! Ficou encarregado de me acordar todos os dias da forma mais carinhosa possível: pulando na minha cama brutalmente e quase que me matando do coração. Ele é um amor de cachorro, apesar de louco. Já consegue ficar o dia inteiro em casa sem muitos problemas, só que quando aparece alguém de fora ele pira! Fica latindo até o momento que a visita decide se retirar.
Mamis continua toda perfeitinha, assim como meu padrasto. A Cau new hair agora é uma universitária e não tem mais tempo nem pra peidar em paz. Mas é assim, não parece mas ela ja é adulta! Conversar com ela vai se tornar cada vez mais dificil enquanto eu estiver em São Luis, e eu vou sofrer, sei que vou [drama?! nah..]
Nem preciso dizer o quanto gosto de estar por aqui. Por outro lado, sinto muita falta até das chatices mais estressantes do meu querido pai, vai entender. Fora que parece que é so eu decidir ficar uns dias fora que todo mundo começa a se divertir loucamente, me deixando só na saudade! E fazem questão de dizer o quanto gostariam que eu estivesse junto, vê se pode?! Eu tô voltando e espero imensamente que os programas super legais ainda estejam de pé, ahn?!
Do mais, nada de muito impressionante e/ou grave pra se destacar. Minha vida anda um tanto monótona, mas ja estou tentando providenciar um acontecemento pelo menos [mentira].
Passei um bom tempo sem atualizar, fiquei meio que com preguiça. Tentarei ser mais presente, juro! Tô até pensando em dar uma arrumada aqui, mudar tudo de lugar, tirar o pó e deixar o sol entrar [momento poético desnecessário]. Mesmo sem ter muito a dizer, atualizarei este blogezito com mais frequência. Mas isso eu nem precisava dizer né?! Os últimos posts não foram assim muito recheados de acontecimentos...
É isso! Volto depois pra contar como foi a viagem e como fiz pra manter um clima aparentemente agradável com o meu "colega de estrada". Falei que viajarei sozinha com um amigo da minha mãe por aproximadamente 10 horas?! Pois é não vai ser assim muito legaaaal não. Mas pelo menos não fico naquela expectativa de saber quem seria o dono da poltrona ao lado, rezando pra não ser uma criança participativa ou um velho que ronca e com mau hálito. Sem contar que serei deixada na porta de casa sem maiores preocupações.
Viram?! Eu tô aprendendo a ver o lado positivo das coisas!