07 janeiro, 2010

[Des]entendimentos



Estás aqui. Ocupas todos os espaços, tangíveis ou não. Há sempre um momento e um significado por trás de cada objeto nesse universo antes tão meu.
Mais cores ao lado do amarelo-vermelho constante. Rabiscos, rascunhos e bilhetes. Tons e mais tons de afeto misturados com a incerteza dos traços. Insegurança que salta dos meio-abraços, do que foi calado e um constante medo pelo que já foi dito. Nada nos atinge.
Há quem acredite no destino, eu sei. Talvez ele explique o sentido das fugas (in)conscientes pelos corredores, ou mesmo o sufocante desespero de uma possível perda – ainda que somente idealizada.
Difícil pensar num depois, bem como no agora. É tudo inexplicavelmente fascinante, belo e natural e nos escapa qualquer tipo de afirmação. Não há conceitos, apenas idealizações. Medo, necessidade, vício, posse – por que não?
E de repente existem apenas os nossos dias, regados a estradas, fumaça e sabores. E as músicas que circulam testemunhas do que há de vir, silenciam o que não deve ser dito como numa conspiração cósmica para a nossa não-compreensão.
Porém, muito além do que não é claro, do incompreendido e não-explicado, há o que insiste em dizer sem o menor pudor: gosto de você. Claro, simples, direto e cru. Gosto.

Um comentário:

Lili disse...

Também gosto! ;)
beijos!!