05 setembro, 2006

Ela gosta de observar quem esta a seu redor. Não julga, não se assusta com nada.
Apenas observa.
Já nem liga mais que a achem estranha por estar sempre naquele mesmo banco. Somente ela sabe da paz que a senhora de vestidos sempre azuis transmite quando vem alimentar os pombos, da adrenalina que sente ao ver mais um jogo de damas dos velhinhos, da saudade de sua infância ao admirar as criancinhas no parque.
Ninguém nunca entenderia.
Não que ela queira estar sempre só, não é isso. É que conversar as vezes se torna tão complicado, pessoas são complicadas, tudo é complicado.
Quase tudo.
Aquela praça é simples, leve. É só parar, respirar e ver.

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