13 fevereiro, 2007

Saindo pela tangente, deixou cair um folheto; “Siga sempre em frente”. Volta e espera o dia clarear. Quem sabe ao amanhecer enfim perceba que ouvir a porta bater às costas não seja a melhor alternativa?

Conta os passos ao caminhar. Calçadas de concreto me distraem, pensa. Dois passos antes da divisória, nada mais. Quando menos espera, chegou ao seu destino.

Nunca sabe o que fazer com os fones de ouvido. Sente-se bem com eles, alheia ao mundo. Mas não quer se manter assim tão distante, não sempre.

Pessoas são estranhas, muito estranhas, disso sabe muito bem. Não sou um exemplo de normalidade. Tem um jeito peculiar que demonstrar afeto. Acha desnecessário muito contato e acredita que quem muito fala não o sente. Explode e silencia, mais nada.

Sete, quinze, trinta dias. Tudo passa tão rápido, não? Tudo passa, vai passar.

Corre em direção ao ônibus. A rotina não espera, isso é revoltante. O dia já amanheceu, pra que fugir?

Mais um plano deixado pra depois, assim como os livros na estante e os filmes jogados pelo chão do quarto.

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