01 agosto, 2007

Eu poderia ficar ali parado, olhando a mancha de café
espalhar-se lenta sobre o poema, lembrando tudo que não queria lembrar e
assim,
parado pra sempre no meio do apartamento, enquanto vidas alheias
acontecem além
das janelas, fora e longe de mim, sentisse apenas mágoa,
saudade e esse tipo de
espanto amargo em que ninguém dá jeito, eu
poderia.
Mas repeti que era tarde,
que eu tinha um dia de cão, que não
tinha tempo e
me desculpe,
você sabe,
esta cidade,
esta vida,
esta manhã.
Onde Andará Dulce Veiga?
Caio F.

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